CAPÍTULO I
EUGENIO PACELLI
EUGENIO PACELLI
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1.2 O PADRE PACELLI
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Portanto, no início de 1901, Eugenio Pacelli apresentava-se na Secretaria de Estado para começar seu trabalho como aprendiz, ao mesmo tempo em que continuava seu Curso de Doutorado em Direito Canônico e, depois, em Diplomacia. Três anos depois, o Padre Pacelli é promovido ao cargo de minutante, que equivale ao de escrevente, tendo de elaborar esboços de documentos.
Neste mesmo ano, ele é incumbido de sua primeira grande missão diplomática – ele tinha sido antes enviado à Inglaterra por ocasião da morte da rainha Vitoria como representante papal –: vai à França, como mensageiro secreto do papa Pio X ao cardeal De La Vergne, arcebispo de Paris, reafirmando o apoio pontifício à Igreja da França, que sofria grave perseguição no início do século (CORNWELL, 2000, p. 58-60). Mais tarde, em 1910, ele irá novamente à Inglaterra como ajudante do arcebispo Granito Pignatelli, que representará a Santa Sé na coroação do rei Jorge V.
Mas o trabalho de Pacelli não se resumia à frequentemente árida vida burocrática e diplomática. Ele também exercia a cura de almas, embora não tanto quanto desejasse. Era capelão do Instituto da Assunção e assiduamente ouvia confissões na Chiesa Nuova, além de pregar retiros no Convento das Damas do Cenáculo e dirigir espiritualmente uma ou outra alma necessitada de orientação. Ainda encontrava tempo para se dedicar a uma grande paixão sua, a música, tocando ao violino e acompanhado ao piano por Giuseppina, sua irmã mais velha, diversas peças de Beethoven, Bach, Debussy ou Hindemith, seus compositores prediletos.
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